quarta-feira, 11 de agosto de 2010

NÓS PODEMOS MUITO, NÓS PODEMOS MAIS....

Queridos discentes e visitantes,

Fiquei muito feliz e agradecida à DEUS com a receptividade de vocês diante dos estudos feitos, os comentários postados e a dedicação por parte de cada visitante nas atividades sobre a 2ª e 3ª GERAÇÃO DO MODERNISMO.

Com isso acredito cada vez mais na pontecialidade de cada um de vocês e por tudo isso continuo dizendo que vocês podem tudo.


AGORA MEU CONVITE É PARA QUE JUNTOS FAÇAMOS A DIFERENÇA:

Nós podemos muito, nós podemos mais, vamos juntos então adentrarmos o mundo maravilhoso da literatura GRACILIANA, na obra - VIDAS SECAS - pois sei que podemos tudo, vamos lá prá ver o que será, o que terá, e viajarmos no espetáculo que é desevndar mistérios dentro da literatura.

EM CONTAGEM REGRESSIVA VAMOS LÁ .......

AGORA É COM VOCÊS ...............


CONVIDEM AMIGOS, DIVULGEM SEU APRENDIZADO E POSTEM SEUS COMENTÁRIOS.

VIVENCIANDO O MUNDO MARAVILHOSO DA OBRA GRACILIANA

Graciliano Ramos - Informações Biográficas

Graciliano Ramos é considerado um dos mais importantes escritores do moderno romance brasileiro. Nascido em Quebrângulo – AL (1892), morreu no Rio de Janeiro (1953). Estudou em Maceió, e não chegou a cursar uma faculdade. Morou por muito tempo em Palmeira dos Índios – AL, onde seu pai mantinha um comércio. Chegou a ser prefeito de Palmeira dos Índios. Dedicando-se ao jornalismo e à publicidade, foi revisor de jornais no Rio de Janeiro e dirigiu a imprensa e a instrução do estado de Alagoas de 1930 a 1936, sempre demonstrando preocupação com o ensino no Brasil. Foi preso em 1936, sob a suspeita de ligação com o Partido Comunista Brasileiro, sendo humilhado dentro dos presídios por onde passou. Em 1945, filia-se ao Comunismo, viajando por vários países socialistas. No início dos anos 50, já consagrado como romancista, falece de câncer na capital carioca.

Principais Obras: Romances: Caetés (1933); São Bernardo (1938); Angústias (1936); Vidas Secas (1938). Conto: Insônia (1947). Memórias: Infância (1945); Memórias do Cárcere (1953); Viagem (1954); Linhas Tortas (1962); Viventes das Alagoas (1962). Literatura Infantil: Histórias de Alexandre (1944); Dois dedos (1945); Histórias Incompletas (1946).

Características Literárias

Graciliano Ramos ao lado de José Lins do Rego, destaca-se no papel de romancista da segunda fase do Modernismo (1930 - 1945). Graciliano Ramos tornou sua obra mais uma vertente de nosso rico romance regionalista. Com estilo seco, conciso e sintético, o autor deixa de lado o sentimentalismo a favor de uma objetividade e clareza. Seu estilo seco, frio, enxuto e impessoal, repleto de senso psicológico, aproxima-o de Machado de Assis, sendo considerado seu legítimo seguidor, sabendo exprimir a amarga realidade do homem nordestino com agudeza. Assim como José Lins do Rego, Graciliano Ramos vai descrever os tipos e as paisagens do nordeste evocando os problemas que ali se encontram. Seus melhores romances (São Bernardo, Angústia e Vidas Secas), mostram um perfil psicológico e sócio-político que nos indica uma versão crítica dos rumos que a sociedade moderna toma. A análise psicológica tomada pelo autor com relação aos seus personagens, parte do regional para o universal, confrontando o homem comum que vive com classes superiores e autoritárias. O nordeste se torna o palco deste conflito, a preocupação com os problemas do povo brasileiro sempre foram traços marcantes de suas obras. Graciliano Ramos escreveu ainda um romance autobiográfico que contém elementos ficcionais, Memórias do Cárcere, onde há toda a violência que o autor passou enquanto esteve preso, denunciando o autoritarismo estabelecido pelo Estado Novo.

Análise da Obra - Vidas Secas

Tipos de Narrador:

No romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, encontramos a narração em terceira pessoa, com narrador onisciente. Podemos encontrar muitas vezes os discursos indiretos livres. É o próprio narrador que revela o interior dos personagens através de monólogos interiores. O foco narrativo ganha destaque ao converter em palavras os anseios e pensamentos das personagens.
"... Aí, a coleira diminuiu e Fabiano teve pena".
(Cap. 01 – Mudança)

Tempo da Narrativa:

O tempo de narrativa medeia duas secas. A primeira que traz a família para a fazenda e a segunda que a leva para o Sul. Mesmo possuindo algumas referências cronológicas na obra, o tempo é psicológico e circular.
"... Sinhá Vitória é saudosista. Lembra-se de acontecimentos antigos, até ser despertada pelo grito da ave e ter a idéia de transformá-la em alimento".
(Cap. 01 – Mudança)

Espaço da Narrativa:

O espaço é físico, refere-se ao sertão nordestino, descrito com precisão pelo autor.
"... na lagoa seca, torrada, coberta de caatingas e capões de mato".
(Cap. 11 – O soldado Amarelo)